terça-feira, 27 de março de 2012

Coração Peludo

Cientistas canadenses descobriram uma nova “doença”. Chama-se “Síndrome do Coração Peludo”. Indivíduos portadores dessa “doença” tornam-se incapazes de viver experiências afetivas intensas nas quais a rigidez e as defesas do ego corram algum risco de se desfazerem. Principalmente as experiências relacionadas aos sentimentos de Amor, Compaixão e Gratidão. Estes indivíduos desenvolvem uma estranha anomalia: seus corações começam a desenvolver uma espessa camada de pelos que atuará como uma blindagem emocional em relação aos vínculos afetivos que estimulem a ruptura dos padrões emocionais e comportamentais nos quais estes indivíduos, por medos inconscientes de transformações profundas, (sejam elas de si mesmos ou da organização social do mundo), se encontram aprisionados. Com o passar do tempo, os portadores dessa “doença” vão se transformando em seres humanos extremamente individualistas, incapazes de compreender que é na dinâmica afetiva com o outro, (seja o outro, um outro ser ou o próprio mundo a sua volta), que se cria o processo de auto-conhecimento e composição de um verdadeiro sentido para as suas existências. Por criarem um bloqueio emocional em relação aos processos de transformações profundas, alguns tendem a se apegar em valores morais rígidos que mantenham a “ordem socialmente estabelecida”. Outros, por sua vez, tendem à farsa de se mostrarem “livres”, “desapegados” e fora da “ordem socialmente estabelecida”. Em ambos os casos este é um grave sintoma dos portadores da “Síndrome do Coração Peludo”: o não comprometimento afetivo com as problemáticas do mundo atual e nem com os afetos das pessoas que o circundam.


Segundo os cientistas canadenses, só através de “choques elétricos de amor” os portadores dessa doença podem dar início ao seu processo de cura.

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