Hoje cai na real.
Pega mal dizer,
reclamar
que tudo é
solidão,
tédio, apatia.
Todo mundo
só quer ver
no espelho
a cara à toa
a cara tola
a casca da alegria.
Cada qual
com sua rolha,
seu ralo
e sua estúpida
garantia.
de viver,
como verdade,
sua própria
fantasia.
Cada qual
sem o seu qual.
Dando laço
no seu caos.
Falsificando
o tao
no dia a dia.
Que tal mudar
a cara, a cura, a tara
e criar uma nova
utopia?
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
A morte da tristeza
Eu não pude fazer nada. Ela sentou-se ao meu lado, com a gilete na mão, e cortou os próprios pulsos. Eu não pude fazer nada. Minha tristeza de tão triste de só dizer não para tudo, resolveu dar fim a sua própria existência. E eu não fiz nada para detê-la. Só olhei pra ela e a vi empalidecer, empalidecer, empalidecer até morrer. Foi assim, de repente, cansada de si mesma, minha tristeza suicidou-se. Com a morte da tristeza, a face da minha alegria ficou mais corada. Com a morte da tristeza, minha vida ganhou outra cor, uma cor mais viva, pulsante e iluminada. Sem luto e sem luta, agora posso fazer tudo. Principalmente voltar a sorrir. Inclusive para aqueles que, um dia, colocaram essa tristeza para viver tão perto de mim. Agora, dançando com a minha alegria, para tudo na vida eu digo, gentilmente, Sim.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Vôo novo
Ontem morri cedo. Mas era tarde. Sentei na sarjeta e chorei ferrugem.
A vida de repente nasceu como delicado broto na palma da mão.
Como frágil semente de feijão acordando no algodão da nuvem.
Ontem nasci tarde. Mas ainda era cedo para acolher na asa, a pena do vôo novo.
A vida de repente nasceu como delicado broto na palma da mão.
Como frágil semente de feijão acordando no algodão da nuvem.
Ontem nasci tarde. Mas ainda era cedo para acolher na asa, a pena do vôo novo.
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